Jarmelo mais longe

Com a introdução de portagens nas antigas SCUTS, muitos foram os que deixaram de se deslocar até ao Jarmelo. Neste verão foi registada uma considerável diminuição de visitantes no Jarmelo. A partir do próximo dia 1 de outubro, vão também terminar as isenções no pagamento de portagens para os residentes das zonas mais desfavorecidas do País. Não porque essas regiões tenham, subitamente, melhorado economicamente, mas sim porque as PPPs têm que ser pagas. Prevê-se assim o agravamento do isolamento das regiões do interior, diminuindo a sua atividade económica e por sua vez o seu desenvolvimento.

No sentido de se contrariar esta nova realidade a ACDJ disponibiliza informação sobre a forma de evitar os troços com portagens da A23 e da A25:

 

 

http://vivercidadeguarda.blogspot.pt/2011/12/a23-alternativas-portico-portico.html

http://vivercidadeguarda.blogspot.pt/2011/12/a25-alternativas-portico-portico.html

Continuem a visitar o Jarmelo!

 

Morcela da Guarda também é feita no Jarmelo

 

A exposição denominada «Morcela da Guarda – Tradição, Saber e Sabor» é uma iniciativa da Câmara Municipal da Guarda, contando com o apoio da Pró-Raia, e tem por objectivo enaltecer um dos mais genuínos e característicos produtos gastronómicos da região. Através de registos fotográficos e videográficos percorrem-se os caminhos da memória para se reviver a tradição das matanças do porco, que ainda há uns anos aconteciam nas aldeias, onde todas as famílias cevavam e matavam um «marrano» para dele retirarem alimento para todo o ano.

O porco era a mantença da casa, na medida em que fornecia carne e enchidos, que todos a apreciavam, confeccionados segundo os saberes que foram transmitidos em gerações sucessivas.

A partir do sangue retirado no momento da matança confeccionava-se um dos mais genuínos enchidos portugueses: a morcela. A da Guarda há muito que adquiriu nome e estatuto, sendo uma das mais apreciadas do país.

O catálogo da exposição contém textos de dois estudiosos das tradições regionais: Paulo Leitão Batista e Norberto Gonçalves.

O catálogo é de edição bilingue (português e inglês ou português e castelhano), e os textos são enquadrados por um conjunto de fotografias colhidas por Arménio Bernardo em matanças à antiga realizadas em aldeias do concelho da Guarda, nas quais se inclui a aldeia de Donfins, no Jarmelo. Nas fotografias colhidas em casa de Ana e Prazeres Miragaia, pode ainda verificar-se a utilização de objetos de cutelaria com origem nas tradicionais oficinas do Jarmelo.
O vistoso e bem concebido catálogo contém ainda um conjunto de receitas modernas em que a morcela é o ingrediente principal.

A exposição, inaugurada no dia 12 de Julho, pode ser visitada até ao dia 15 de Setembro, de terça a sábado, das 14 às 20 horas.

Nos próximos dias 15 e 16 de Setembro decorrerão, na Quinta do Silva, no Jarmelo, as cerimónias religiosas em honra de Santa Eufêmia. Dia 15, Sábado, pelas 20:30 terá lugar a procissão das velas seguida de uma missa. Domingo, dia 16, ao meio dia terá lugar uma missa solene em honra de Santa Eufêmia seguida de procissão pelo recinto das festas. As cerimónias religiosas de Domingo serão acompanhadas pela Banda Filarmónica de Pínzio.

Santa Eufêmia viveu no século III d.C. e era filha de um senador chamado Filofronos e de sua esposa, Teodósia, em Calcedônia, localizada então do outro lado do Bósforo a partir de Bizâncio (que se tornaria no futuro a cidade de Constantinopla, hoje chamada de Istambul). Desde a sua infância ela foi consagrada à virgindade.

O governador da Calcedônia, Prisco, emitiu um decreto obrigando que todos os habitantes da cidade tomassem parte dos sacrifícios ao deus romano Ares. Santa Eufêmia foi descoberta escondida juntamente com outros cristãos numa casa, rezando para o Deus cristão e clara desobediência às ordens do governador. Por conta de sua recusa em se submeter aos sacrifícios, eles foram torturados por vários dias e então entregues ao imperador. Santa Eufêmia, a mais jovem entre eles, foi separada de suas companheiras e submetida a tormentos particularmente duros, incluindo a roda, na esperança de quebrar seu espírito. Acredita-se que ela tenha finalmente morrido num ataque de um urso selvagem na arena, por ordem de Diocleciano.